domingo, 24 de fevereiro de 2013

24 de fevereiro é a data da conquista do voto feminino



José Eustáquio Diniz Alves[1]

“…  Já vejo as duas, legislativamente,
executivamente,
a sorte das mulheres resgatando.
As amadas-escravas se libertam
do jugo imemorial,
perdoam, confraternizam, viram gente
igual a nós, no mundo-irmão…”

Com estes versos, Carlos Drummond de Andrade saudou as “duas mineirinhas” – Mietta Santiago e Ivone Guimarães – que conquistaram, por sentença judicial, o direito de voto e abalaram os alicerces da Minas tradicional, ainda na década de 1920.

A  sorte das mineiras e brasileiras começou a mudar no dia 24 de fevereiro de 1932. Elas conquistaram o direito de voto no bojo da luta sufragista e da revolução de 1930, pois tal conquista seria impossível durante a patriarcal e rural República Velha. Na Constituinte de 1891, o voto feminino foi negado sob o argumento de que seria “um estímulo ao fim das famílias”. Contudo, no alvorecer do século XX, novos ventos sopravam da Europa e dos Estados Unidos. O Brasil, que foi o último país a eliminar a escravidão oficial, não poderia ser o último a negar cidadania às “amadas-escravas”.

Há 81 anos, as mulheres brasileiras conquistaram o direito de participar do “mundo-irmão”. Porém, foi uma longa luta até se eleger a primeira mulher Presidenta da República. Mesmo assim, o Brasil continua sendo um país com baixíssima participação política feminina nos diversos níveis de representação parlamentar. A sociedade brasileira mudou e houve um contínuo processo de despatriarcalização do país. Mas ainda falta muito para o efetivo empoderamento das mulheres e a plena equidade de gênero.

O dia 24 de fevereiro é a data oficial para se lembrar e comemora a conquista do voto feminino. Neste ano de 2013, a novidade sobre o tema é o lançamento do livro Mulheres nas eleições 2010, que busca ser uma fonte de referência para a análise das desigualdades de gênero na política brasileira.

Conforme material de divulgação da 1ª edição, o livro Mulheres nas eleições 2010 reúne artigos de renomadas/os pesquisadoras/es da área de gênero, ciências sociais e ciência política, que fizeram parte do Consórcio Bertha Lutz, vencedor do Edital Público, lançado em 25 de fevereiro de 2010, pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.

O trabalho desenvolvido pelo Consórcio Bertha Lutz se transformou em uma experiência pioneira, especialmente porque as eleições gerais de 2010 foram as mais femininas da história do Brasil. Do total de nove candidatos à Presidência da República, as duas mulheres que disputaram as eleições, no primeiro turno, obtiveram 2/3 dos votos (67%). A primeira mulher eleita presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, alcançou 56% dos votos válidos, no segundo turno.

Os pesquisadores e o público em geral podem encontrar no livro As mulheres nas eleições 2010análises referentes às preferências do eleitorado em 2010, sobre as diferenças sociais e de gênero nas intenções de voto, sobre as tendências do conservadorismo político e do tradicionalismo de gênero, abordagens do panorama geral das candidaturas e dos resultados eleitorais nos diversos níveis de representação, assim como estudos das estratégias partidárias e dos mecanismos de financiamento das campanhas e das desigualdades de gênero no acesso aos recursos materiais e imateriais de campanha.

Foi analisada também a participação feminina no horário de propaganda gratuito e realizado um monitoramento da mídia jornalistica em relação à cobertura da participação das mulheres nas eleições gerais de 2010. A seguir o sumário do livro:

 “Mulheres nas eleições 2010”
José Eustáquio Diniz Alves
 Céli Regina Jardim Pinto
Fátima Jordão
(Organizadore
Fonte:A Vida ComoMulherhttp://professoramariadalva.blogspot.com.br/2013/02/24-de-fevereiro-e-data-da-conquista-do.html

domingo, 17 de fevereiro de 2013

8 de março de 2013 - Mulheres em Luta contra o Capitalismo e o Patriarcado Por Autonomia, Igualdade , Liberdade e pelo fim da violência.


Por Autonomia, Igualdade , Liberdade e pelo fim da violência.


 Fórum Estadual de Mulheres do Rio Grande do Sul
Convida para a 
CAMINHADA UNIFICADA DE MULHERES DO RS

 

Mulheres em luta contra o Capitalismo e o Patriarcado !!!!

Por Autonomia, Igualdade , Liberdade e pelo fim da violência.
 

Programação:

Concentração para a caminhada: Largo Glênio Peres

Hora: a partir das 16h e saída às 17h em direção á praça da Matriz.

 Atos:

1.    Durante a concentração – UBM, MMM, Mulheres PT, CUT, CEDM,

2.    Esquina Democrática – LBL, COMDIM PoA, Fetrafi, CTB, Ponto Final

3.    Praça da Matriz – Ato de Encerramento com uma fala do Fórum Estadual de Mulheres do RS

 Durante toda a caminhada as organizações do Fórum Estadual assim como as delegações do interior,  terão direito a falas.

A organização da Caminhada será em Alas Temáticas - podem existir tantas alas quanto houver necessidade, em função das demandas dos movimentos.


Divisão das Alas Temáticas:

-por um mundo sem violência (Lei Maria da Penha, DEAMs, Centro de Referências) Responsável: Campanha Ponto Final –cor verde

- por soberania alimentar e energética(Reforma Agrária, Licença maternidade de 6 meses, contra a violência no campo e na floresta) Responsável: Fetrafi e outros movimentos rurais – cor a definir

-por um mundo livre do capitalismo (por autonomia econômica, igualdade salarial no trabalho, creche, licença de 6 meses e estabilidade, contra a violência no trabalho e na família) -cor vermelha - responsável CUT

-pelo fim do patriarcado, do machismo, do racismo, da lesbofobia e por um Estado Laico. 
(cor laranja) responsáveis Marcha Mundial das Mulheres, LBL
- por políticas públicas emancipatórias - creche, educação não sexista e não discriminatória, saúde integral das mulheres, segurança, economia solidária com autonomia econômica, moradia digna. UBM e Imama – cor rosa choc e magenta

por reforma política com igualdade para as mulheres -responsáveis COMDIM Porto Alegre e Mulheres PT – cor roxa e lilás

por uma mídia não machista epela democratização dos meios de comunicação – Sindicato das jornalistas cor azul

Ação Política:

Construiremos a Carta das Mulheres com nossa plataforma feminista, sendo que cada esfera pública terá as reivindicações que tem a ver com sua especialidade.

Carta das Mulheres será entregue em data anterior a todos os poderes, e será assinada por todas as entidades que participaram da  organização, sendo que:

Prefeitura de Porto Alegre e Câmara de Vereadoresresponsável COMDIM de Porto Alegre

Governo do Estado - CEDM

Assembléia Legislativa - responsável MMM .......

Ministério Público e Judiciário - responsáveis CUT e Sintrajufe ......

 
A Carta será assinada pelo Fórum Estadual de Mulheres - também teremos uma Carta direcionada ao INSS (pauta das mulheres da agricultura familiar).

Faremos a entrega na Assembléia Legislativa, Ministério Público e Judiciário antes da caminhada (pode ser em data anterior ou na parte da manhã).

 
Sobre Caminhada:

- Teremos um caminhão de som

- A Faixa de abertura será assinada e confecionada pelo Fórum Estadual de Mulheres RS

Faixas das alas - as entidades ficam responsáveis pelas faixas de cada ala
Não haverá panfletos ou cartazes do Fórum Estadual - apenas divulgação virtual pelas redes sociais da caminhada e da Carta das Mulheres
- Cada organização poderá fazer seu próprio material, sendo que distribuiremos durante a caminhada o conteúdo político da Carta das Mulheres, assinada pelo Fórum Estadual

orienta-se que as organizações levem duas bandeiras ou estandartes para dar visibilidade nos caminhões.

- vamos usar toda a nossa criatividade e levar nossos pitulitos, estandartes, bandeiras e cartazes para dar nosso recado


Mobilização:Não temos uma meta em número de participantes, mas vamos buscar fazer uma caminhada massiva, com um número impactante de mulheres na capital, buscando todos os movimentos sociais, que dialoguem com nossa Carta das Mulheres.
Para isto, é fundamental estamos desde agora, todas as organizações, responsáveis pela mobilização das mulheres do interior do Estado. Já temos a confirmação de alguns municípios. 
Como não temos recursos financeiros, é muito importante que a união das organizações possa viabilizar os ônibus para a vinda das mulheres, assim como a ocupação compartilhada dos ônibus.
fonte: Mulheres em movimento mudam o mundo

O anticoncepcional e a vida das mulheres, por Raquel Duarte


por Raquel Duarte*


No início deste mês, nós da MMM/Caxias do Sul fomos surpreendidas com uma notícia que nos deixou muito tristes e indignadas. Uma companheira feminista contraiu trombose no braço, provavelmente pelo uso do anticoncepcional Diane 35. Confira a aqui a reportagem:http://www.folhadecaxias.com.br/noticia/Os+riscos+de+uma+pilula+ainda+aceita+aqui/3100
Ficamos tristes pelo estado de saúde da nossa companheira (que recebeu alta e se recupera bem!) e indignadas por ver mais uma consequência desta sociedade capitalista e patriarcal que tem o lucro com principal objetivo, sem se preocupar com a vida das pessoas. 

Após muitos anos de comercialização desta pílula anticoncepcional em todo o mundo, foi preciso a morte de diversas mulheres, e outras centenas de casos de trombose para que finalmente um país resolvesse ir mais a fundo na discussão sobre os reais riscos do uso desse tipo de tratamento de reposição hormonal.  
E olha que esse tema não é nenhuma novidade, inclusive, nas ‘bulas’ de praticamente todos os anticoncepcionais constam o alerta referente ao risco de trombose arterial ou venosa. Outra informação que consta nas bulas é referente ao perigo de fumar e tomar o anticoncepcional. 

Aí fica um questionamento: como pode a indústria farmacêutica não ter evoluído nesse sentido, de aprimorar os anticoncepcionais, de criar outros métodos seguros de prevenção da gravidez? E mais, por que são as mulheres que devem controlar sua fertilidade com anticoncepcionais que alteram totalmente seus hormônios e enfrentar os efeitos colaterais e os riscos de saúde?
Todos sabem que fumar faz mal à saúde, mas para as mulheres pode ser mortal. E não por complicações ligadas ao pulmão e respiração como se espera. E sim, por tentar se prevenir e não engravidar, tomando anticoncepcionais (método mais recomendado por todos/as os/as ginecologistas além da camisinha que também previne doenças).

Foi proibida na França a venda do Diane 35, e provavelmente outros países siga o mesmo exemplo. Mas de que adianta a proibição deste em específico se vários outros contêm os mesmos componentes que causam riscos à saúde da mulher? De nada adianta. O que precisamos é de uma transformação na medicina e na indústria farmacêutica. Precisamos é de mais investimentos em pesquisas referente à saúde da mulher, para que produtos em que haja a mera suspeita de riscos de vida seja de imediato proibida a comercialização.
Enquanto isso, a nós mulheres resta apenas fazer um opção: fumar, tomar anticoncepcional, contar só com a camisinha, engravidar??? Afinal, se a tarefa do cuidado e da educação já é uma tarefa culturalmente imposta às mulheres, a tarefa da prevenção da gravidez seria de quem, não é?

Para entender melhor sobre o tema dos anticoncepcionais, leia o texto“O Diane 35 e nossas escolhas” de autoria da companheira Ana Cristina Pimental, no blog da Marcha Mundial das Mulheres - Feminismo 2.0 até que todas sejamos livres:http://marchamulheres.wordpress.com/2013/02/15/o-diane-35-e-nossas-escolhas/

* Raquel C. P. Duarte – advogada e militante da Marcha Mundial das Mulheres/

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Mesmo enfrentando dificuldades financeiras a Associação de Mulheres do Bairro Rio vem desenvolve um bonito trabalho social

 
 
 
Um dos objtivos da AMEC/BRV é combater a violência e a discriminação contra a mulher e tem procurado desenvolver trabalhos com os temas: violência doméstica e psicológica contra a mulher, direitos e saúde da mulher.
Desenvolve um projeto de arte-terapia (curso de bordado em fita, ponto russo, ponto cruz, pintura em tecido e aulas de violão.e terapia comunitária.
A entidade busca oferecer curso de qualificação profissional e geração de renda familiar e já realizou cursos de pintura em tecido, aproveitamento da palha de milho na confecção de bonecas, confecção de lingirie ,fabricação caseira de produtos de limpeza. Todos estes cursos foram ministrados pelo SENAR em parceria com o Sindicato do Produtor Rural. Também foi realizado curso com dicas de maquiagem sobremesa gelada e confecção de doces e bolos. Também está sendo oferecido o curso de cabeleireira que acontece nas segundas e terças
A associação desenvolve o Projeto de uma horta comunitária que serve as associadas que participam do projeto. Na área da educação a associação implantou a Biblioteca Mulheres em Busca de Cidadania, um espaço de leitura com um pequeno acervo literário, mas de um valor inestimável que serve as associadas e já começa servir também a comunidade.
Outro projeto desenvolvido aos sábados é o Espaço Criança que atualmente atende a mais de 20 crianças que realizam atividades que envolvem formação de atitudes e construção de valores morais e espirituais. Além da parte intelectual e espiritual, também é trabalhado a parte emocional com atividades de relaxamento e brincadeiras. Os mesmos realizam leitura e assistem vídeos educativos.
Todo este trabalho é feito de forma gratuita, graças a pessoas que tem espírito voluntário e que não medem esforços para contribuir na construção de um mundo mais humano. Até alfabetização solidária já foi realizada, onde 03 mulheres aprenderam a ler e escrever o próprio nome. Parece pouco, mas, para elas, foi como se tivessem sido libertadas da prisão, da cegueira, estas foram algumas das palavras destas pessoas. A AMEC/BRV, realiza as seguintes comemorações: dia das mães, dia internacional da mulher, aniversariantes do trimestre, páscoa dia da criança e confraternização natalina.
A entidade também atua junto ao Executivo no que refere-se a infraestrutura do Bairro, realizando parcerias com a Prefeitura para construção da Creche Irmãs Carmelitas, PSF I e II, Praça e Academia da terceira Idade.

Mesmo enfrentando dificuldades financeiras a AMEC vem realizando um bonito trabalho social



 
    Conheça um pouco mais sobre a AMEC/BRV

Um dos objtivos da AMEC/BRV é combater a violência e a discriminação contra a mulher e tem procurado desenvolver trabalhos com os temas: violência  doméstica e psicológica contra a mulher, direitos e saúde da mulher.
Desenvolve um projeto de arte-terapia (curso de bordado em fita, ponto russo, ponto cruz, pintura em tecido e aulas de violão.e terapia comunitária.
  A entidade busca oferecer curso de qualificação profissional e geração de renda familiar e já  realizou cursos de pintura em tecido, aproveitamento da palha de milho na confecção de bonecas, confecção de lingirie ,fabricação caseira de produtos de limpeza.  Todos estes cursos foram ministrados pelo SENAR em parceria com o Sindicato do Produtor Rural. Também foi realizado curso com  dicas de maquiagem  sobremesa gelada e confecção de doces e bolos. Também está sendo oferecido o curso de cabeleireira que acontece nas segundas e terças
 A associação desenvolve o Projeto de uma horta comunitária que serve as associadas que participam do projeto. Na área da educação a associação implantou a Biblioteca Mulheres em Busca de Cidadania, um espaço de leitura com um pequeno acervo literário, mas de um valor inestimável que serve as associadas e já começa servir também a comunidade.
 Outro projeto desenvolvido aos sábados é o Espaço Criança que atualmente atende a mais de 20 crianças que realizam atividades que envolvem formação de atitudes e construção de valores morais e espirituais.  Além da parte intelectual e espiritual, também é trabalhado a parte emocional com atividades de relaxamento e brincadeiras. Os mesmos realizam leitura e assistem vídeos educativos.
 Todo este trabalho é feito de forma gratuita, graças a pessoas que tem espírito voluntário e que não medem esforços para contribuir na construção de um mundo mais humano. Até alfabetização solidária já foi realizada, onde 03 mulheres aprenderam a ler e escrever o próprio nome. Parece pouco, mas, para elas, foi como se tivessem sido libertadas da prisão, da cegueira, estas foram algumas das palavras destas pessoas.    A AMEC/BRV, realiza as seguintes  comemorações: dia das mães, dia internacional da mulher, aniversariantes do trimestre, páscoa dia da criança e confraternização natalina.
    A  entidade também atua junto ao Executivo no que refere-se a infraestrutura do Bairro, realizando parcerias com a Prefeitura para construção da Creche Irmãs Carmelitas, PSF I e II, Praça e Academia da terceira Idade.